Olhar do Norte Lab

Descrição das atividades formativas:

Da primeira ideia à projeção: o processo de autoria de ponta a ponta, com Guto Parente

Uma conversa sobre todas as etapas do processo criativo de um filme, tendo como base o estudo de caso do longa-metragem Estranho Caminho (2023). Como uma ideia vira um roteiro, como um roteiro vira imagens e sons e como imagens e sons viram um filme.

Guto Parente (Fortaleza, 1983) realizou 18 filmes, 7 curtas e 11 longas – entre eles “Estrada para Ythaca” (2010), “Doce Amianto” (2013), “A Misteriosa Morte de Pérola” (2014), “O Clube dos Canibais” (2018) e “Inferninho” (2018). Formado na primeira turma da Escola de Audiovisual de Fortaleza, Guto foi membro do coletivo Alumbramento (2008-16) e desde 2012 é sócio da Tardo Filmes. Seus filmes já foram exibidos em importantes festivais internacionais como San Sebastian, Rotterdam, Locarno e Tribeca, onde “Estranho Caminho” (2023), seu último filme lançado, ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia e Melhor Performance. No Brasil, o filme teve estreia no Festival do Rio, onde venceu os prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante. Guto Parente trabalha agora na finalização do seu 11o longa, “Morte e Vida Madalena”.


Introdução à Formatação de Roteiro de forma prática, com Bea Góes

Durante duas horas, o aluno vai aprender o básico da formatação de roteiro enquanto a professora cria cenas e demonstra, de forma prática, como se escreve um roteiro cinematográfico. A palestra também vai indicar programas de roteiro gratuitos e pagos que podem ser usados.

Bea Góes iniciou os estudos de roteiro em 2015, em Los Angeles, onde escreveu e dirigiu três curtas. Mestre e Audiovisual pela USP, em 2019 fundou o Narratologia – Escola de Roteiro.

Bea é criadora e roteirista da websérie Quarentenados (indicada ao Rio Webfest na categoria melhor websérie), roteirista das duas temporadas da série Santo Maldito (Star+) e roteirista de um longa não anunciado para a Netflix. Já foi jurada de diversos concursos de roteiro e palestrante nos maiores festivais de roteiro da América Latina.


O roteiro em uma única imagem: Sankofa, retorne e pegue, com Keila-Sankofa

As imagens podem ficcionalizar as lacunas do passado, preenchendo nossa memória com representações diversas. A palestra “O roteiro em uma única imagem: Sankofa, retorne e pegue” será um espaço onde a artista Keila-Sankofa compartilhará seus processos de roteirização audiovisual. O encontro propõe uma conversa estruturada no processo da artista que retoma parte do que é conhecido e fabula sobre aquilo que não se pode conhecer.

Keila-Sankofa / Artista visual e realizadora audiovisual que exerce a multidisciplinaridade em espaços institucionais, urbanos, além de festivais e mostras de cinema.  Reconhecendo as encruzilhadas das cidades, das telas e dos espaços expositivos como territórios aptos para receberem narrativas para novos mundos. Realiza instalações audiovisuais que exibem vídeos performance, fotos e filmes. Desenvolve pesquisas sobre memória, utilizando a manipulação e ficcionalização, como um aparato laboratorial que recria e especula histórias que legitimam e sugerem padrões.

Oficina de cinema em 16mm

Na Oficina de Cinema em 16mm trabalharemos maneiras manuais de fazer cinema sem câmera. No manuseio direto com filmes 16mm, nos aproximaremos de materiais analógicos de cinema e de diversas técnicas de criação de imagens direto na película como colagem, pintura e desenho, técnicas experimentais para a criação de som óptico no cinema analógico e veremos o funcionamento e possibilidades não convencionais de um projetor 16mm. Esse encontro foi imaginado para podermos passar o tempo entendendo e desfrutando, através da experiência, a geração de movimento no cinema de forma corporal e ativa, fazendo sons através de pinturas, imagens através de sombras coloridas, e fotogramas que nem sempre precisam ser uma imagem fotográfica.

A oficina acontecerá em dois encontros onde experimentaremos com diversos objetos geradores em potencial de imagens e sons analógicos – objetos vindos das artes visuais, caseiros, vegetais, e também película cinematográfica, empalmadoras, cortadores e projetor 16mm. Faremos um filme coletivo e pequenas sequências individuais com materiais fornecidos pela oficina e outros que as participantes quiserem trazer. Conversaremos sobre filmes feitos em suportes como 16mm, Super 8 e 35mm por artistas que realizam práticas manuais, e sobre possibilidades caseiras e autônomas de realizar filmes manuais. No final da oficina vamos projetar e assistir os nossos filmes recém feitos no projetor 16mm. 

Não é necessária experiência prévia com cinema. Suas crianças são bem vindas!

Raffaella Rosset é cineasta e fotógrafa vinda de São Paulo, onde se graduou em cinema. Seu trabalho, feito de filmes, instalações e fotografias, que vão atrás das ruínas, rastros, e histórias, se baseia na experimentação com a materialidade e percepções de tempo usando meios digitais e analógicos, em especial 16mm e 35mm, e processos fotoquímicos manuais. Recebeu o prêmio do público no festival Bogotá Experimental CineAutopsia por Filme de Quarto (2021). Solos (2023, dir. Pedro Vargas), filme em que foi diretora de fotografia, esteve na seleção oficial do 76o Festival de Cannes. Seu trabalho esteve no Festival Internacional de Curtas de Pequim (BISFF), Cineteca Matadero (Madri), Cine Humberto Mauro do Palácio das Artes de Belo Horizonte, Cinemateca do MAM Rio, Museu de Arte Brasileira de São Paulo, CINUSP Universidade de São Paulo, RPM Film Festival na Universidade de Harvard, Festival Internacional do Novo Cinema Latino Americano de Havana, Festival Internacional de Curtas de São Paulo, e no Festival Olhar do Norte, entre outros. É formada no programa Master LAV. Participa de projetos de pesquisa em cinema latino americano, de exibições auto organizadas e de educação.

Como se preparar para eventos de mercado audiovisuais

Uma descrição da oficina: O que eu preciso saber para participar de um evento de mercado voltado para o audiovisual? Como eu me organizo para estar nesses ambientes? Quais projetos eu devo apresentar e para quem? Além de preparar estudantes e profissionais para participarem de eventos de mercados audiovisuais, principalmente no Brasil, a oficina tem como objetivo apresentar ao público a plataforma de articulação audiovisual e evento de mercado Matapi, sua estrutura e como ela pode auxiliar na potencialização de projetos e na geração de negócios.

Carlos Barbosa é produtor audiovisual e sócio-diretor da Leão do Norte Produções Audiovisuais, que tem como propósito impulsionar o potencial expressivo do segmento no desenvolvimento cultural, social e econômico da região amazônica. É também um dos coordenadores das plataformas Matapi e Tela Amazônia. Formado em Rádio e Televisão pela Universidade Anhembi Morumbi e especialista em Gestão Cultural pelo SENAC, foi assistente de produção executiva e diretor de produção em curtas, médias e longas-metragens, de ficção e documentário e vídeos institucionais na Avoa Filmes em São Paulo/SP e trabalhou como produtor no Escritório Regional Norte da Linha de Produção de Conteúdos Destinados às TVs Públicas – BRDE / FSA / ANCINE em Manaus/AM. Foi produtor executivo do telefilme Pés de Peixe, lançado em rede nacional pela TV Globo, na Tela Quente, em abril de 2024, sendo recorde de audiência do ano no horário.

Criação de Canção Para Animação

Na oficina serão apresentados princípios básicos da criação musical e narrativa para obras audiovisuais, com foco em canções originais em séries animadas para o público infantil. Uma canção original será criada e produzida em colaboração com os participantes ao longo da oficina, proporcionando um aprendizado prático e dinâmico.

Heloá Holanda é produtora musical com mais de 15 anos de experiência. Cantora, compositora, locutora e multiinstrumentista, já produziu canções de artistas como Jair Rodrigues e Laura Schadeck, além de trilhas para marcas como Sadia, Ultrafarma e Rede Globo.

Estêvão Queiroga é multiartista: cantor, compositor, empreendedor, produtor, diretor e roteirista, atua criativamente em diversas áreas, como música, cinema e games. Paraibano de nascença e amazonense de coração, é um dos sócios do estúdio PetitFabrik, que produziu a série animada Lupita No Planeta de Grande.