Impulsionada pelo desejo de gerar vida e dando-se conta do quê a impedia, torna-se inevitável encarar a espiral do tempo. Um registo abissal guiado por uma relação mais-que-humana, através de paisagens internas e conversas autênticas na tentativa de restabelecer o fluxo da Metamorfose: saltando de ser em ser, como novas formas de dizer “eu”.
Oriunda das águas profundas e do barro vermelho, entre o sertão e a metrópole, Ainá Xisto (Fortaleza/CE, 1991) atualmente vive e trabalha em diversas regiões do Brasil e Portugal. Cineasta, artista visual, educadora e mãe, Ainá é Mestre em Cinema pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa e faz das suas criações instrumentos psicomágicos, atualização de conexões de tempos imemoriais e partilha de pedagogias e imaginários de transmutação, saúde e criatividade.
Do íntimo, suas obras transbordam sobre a essência do inexplicável, um transe-manifesto do futuro que já é, prenhe de diferentes formas de viver dentro e fora do tempo, numa configuração de mídias multi e interdisciplinares, sempre conectadas sob o rizoma cósmico de uma perspectiva simbiótica.
Realização, argumento, montagem, marcação de cor, produção e voz: Ainá Xisto
Produção, montagem, correção de cor: Brás Moreau Antunes
Design de Som: Bernardo Bento
Masterização: AlemãoTone
Elenco: Ainá Xisto, Evani Moreira Maia, Hinho Moreno, Pajé Natto Tupinambá
Uma produção Escola das Artes · Universidade Católica Portuguesa
Filmado em 16mm. Câmera: Krasnogorsk-3. Películas Kodak ColorVision3 50D e 250D.
Processamento: Andec Filmtechnik Berlin
Digitalização: Pedro Maia